Quero ser Diplomata, e agora?
As áreas temáticas do Itamaraty: África, Europa e Oriente Médio
Olá, Sapientes!
Na coluna da semana passada, demos início a uma série para tratar a respeito das áreas temáticas do Itamaraty, isso é, as áreas do Ministério das Relações Exteriores que envolvem trabalhos diretamente ligados às regiões do mundo e que costumam ser a opção mais queridinha de quem foi aprovado no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) e está escolhendo seu primeiro posto em Brasília.
Hoje é dia de falarmos sobre a próxima área, pela qual a Secretaria de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África é responsável. Como vocês podem perceber pelo nome, esse órgão abriga várias regiões de amplo interesse estratégico para o Brasil e suas subáreas, de acordo com o Decreto nº. 9683/2019, são assim divididas no momento:
- Departamento de Europa;
- Departamento de Oriente Médio; e
- Departamento de África.
A estrutura regimental do MRE sofreu consideráveis alterações em sua atual administração, sendo que o artigo 15 do Decreto mencionado deixa bem claro o papel dessa grande área temática: “à Secretaria de Negociações Bilaterais no Oriente Médio, Europa e África compete assessorar o Secretário-Geral das Relações Exteriores nas questões de política externa com os países ou o conjunto de países do Oriente Médio, Europa e África, e no tocante à participação do Brasil nos mecanismos inter-regionais afetos a sua esfera de competência”.
Sendo assim, quando nos referimos ao Departamento de Europa, entendemos que cabe a essa subárea “coordenar e acompanhar a política externa do Brasil com cada país europeu e com o conjunto de países de sua respectiva área geográfica e com a União Europeia”. Isso significa que o Departamento em questão estará incumbido de, entre outras medidas, apresentar sugestões para a formulação de diretrizes e de elaborar pareceres de política exterior na área geográfica de sua competência.
Ao tratarmos sobre o Departamento de Oriente Médio, vimos que a ele “compete coordenar e acompanhar a política externa do Brasil com cada país, com o conjunto de países e com as organizações regionais de sua respectiva área geográfica”. É, portanto, competência desse Departamento acompanhar a evolução das questões de natureza política e macroeconômica e o desenvolvimento do diálogo diplomático em relação aos países e territórios dessa região.
Já em relação ao Departamento de África, encontramos que a ele “compete coordenar e acompanhar a política externa do Brasil com cada país e com o conjunto de países, organizações regionais e multilaterais da sua área geográfica de competência”. Dessa forma, é possível compreender que seu trabalho, entre outros aspectos, estará ligado à sugestão de cursos de ação tanto na condução das relações bilaterais com os países africanos, quanto na condução do relacionamento brasileiro com os organismos multilaterais e nos foros birregionais.
Mais uma vez, não podemos deixar de ressaltar o quão abrangente é o trabalho de um profissional do Serviço Exterior brasileiro e como são inúmeras as possibilidades de atuação durante o curso da carreira diplomática. Característica mais que instigante para nós, aspirantes, vocês não acham?
Você quer ser diplomata?
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Até a próxima!