Quero ser Diplomata, e agora?
CACD: Tudo que você precisa saber sobre o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata
Olá, futuras e futuros diplomatas!
O tema do post de hoje é motivo de arrepios para muita gente: o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata.
Para ingressar no Itamaraty como diplomata, o CACD é o único caminho. O certame é um dos mais tradicionais do País (todo ano, há duas certezas no Brasil: vai ter Carnaval e vai ter CACD!). Também é famoso pelo seu nível de exigência, dada a quantidade de matérias abordadas e o nível de especificidade.
Vamos aprender mais sobre o CACD?
Histórico
A utilização de exame vestibular para acesso ao Itamaraty existe desde 1946, com a criação do Instituto Rio Branco (IRBr). O IRBr realizava exames periódicos para selecionar os que participariam do Curso de Preparação à Carreira de Diplomata (CPCD). A partir de 1996, esse exame passou a se chamar Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata.
Algumas mudanças ocorreram ao longo dessas décadas. Antigamente, o concurso também contava com provas orais, o que foi eliminado para conferir maior impessoalidade ao certame.
Várias matérias já foram cobradas ao longo das décadas: Corografia do Brasil e Cultura Geral foram temas recorrentes, por exemplo. Já em 2008, o candidato que chegasse à última fase poderia escolher em que língua estrangeira seria avaliado: as opções incluíam alemão, árabe, espanhol, francês, japonês, mandarim e russo.
O CACD hoje em dia
Existem algumas condições básicas para prestar o concurso, tais como:
- Ser maior de 18 anos
- Ser brasileiro nato
- Estar em dia com obrigações eleitorais (candidatos e candidatas) e militares (apenas candidatos do sexo masculino)
- Ter formação em algum curso superior (não importa qual!)
O CACD é realizado em todas as capitais estaduais e no Distrito Federal. A aprovação no concurso habilita o candidato a tomar posse como Terceiro Secretário, primeiro degrau da carreira diplomática, e a ingressar no Curso de Formação do Instituto Rio Branco.
As fases e as matérias do CACD
Com o tempo, o CACD foi se popularizando, o que fez com que o nível de exigência da prova aumentasse.
É comum haver alguma variação a cada três, quatro anos, como o número de questões de cada matéria. Portanto, para este post, tomaremos como base o concurso mais recente, o CACD 2017.
Para esse último CACD, foram ofertadas 30 vagas, sendo 22 delas para ampla concorrência, 6 para pessoas negras e 2 para pessoas com deficiência.
Desde 2009, o concurso cobra as mesmas matérias. São elas:
- Português
- Inglês
- História do Brasil
- História Mundial
- Política Internacional
- Geografia
- Noções de Economia
- Noções de Direito e Direito Internacional Público
- Espanhol
- Francês
As matérias são cobradas de maneira diferente, a depender da fase. Atualmente, o concurso se divide em três fases. Vamos ver cada uma delas:
Primeira Fase (conhecida como TPS)
A Primeira Fase também é conhecida como TPS, ou Teste de Pré-Seleção, que era o nome antes dado a essa prova. Tem caráter apenas eliminatório, ou seja, a nota no TPS não conta para a nota final no CACD. É formada de 73 questões, cada uma com quatro itens. O candidato deve avaliar o item e considerá-lo CERTO ou ERRADO. Se marcar corretamente, o candidato ganha +0,25 por item; se marcar diferente do gabarito, recebe -0,25. É o famoso “uma errada anula uma certa”.
Segunda Fase
Os candidatos que obtêm as 300 melhores notas na Primeira Fase são aprovados para a segunda.
Em 2017, a segunda fase foi composta de prova escrita de Português e Inglês. Cada prova vale 100 pontos.
A prova de Português é formada por dois exercícios de interpretação e uma redação.
A prova de Inglês consiste em: duas traduções (uma de inglês para português, e vice-versa), um resumo em inglês, e uma redação em inglês.
Para proceder à Terceira Fase, é preciso atingir a pontuação mínima de 60 pontos em Português e 50 pontos em Inglês.
Terceira Fase
Na terceira e última fase, cada prova é composta por quatro questões escritas. São provas de:
- História do Brasil
- Política Internacional
- Geografia
- Noções de Economia
- Noções de Direito e Direito Internacional Público
- Espanhol e Francês
Cada uma das seis provas vale 100 pontos.
No caso da prova de Espanhol e Francês, é preciso escrever uma tradução (do português para a língua estrangeira) e um resumo para cada língua.
Para ser aprovado na Terceira Fase, é preciso obter o total de 360 pontos nas seis provas.
A nota final do candidato no CACD é formada pela soma das notas na Segunda e Terceira Fases.
Ufa! Depois de toda essa explicação, dá pra entender por que o CACD causa arrepios, não é?
É comum que o primeiro contato com o concurso cause algum estranhamento. Mas lembre-se: ano após ano, várias pessoas do Brasil inteiro são aprovadas.
O CACD 2018 já está vindo. Esse ano, pode ser você! Basta se preparar.
Na sua jornada rumo ao Itamaraty, pode contar com o Sapientia! Siga-nos no Instagram e no Facebook, e conheça nossos cursos preparatórios.