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Dica quente para o CACD: Conselho de Defesa Sul-americano (CDS)

Dica quente para o CACD: Conselho de Defesa Sul-americano (CDS)

Conteúdo postado em 05/08/2020

Olá, sapientes!

 

Como o CACD 2020 já está se aproximando, trouxemos uma dica quentíssima para prestar atenção: a criação do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), que se deu em 2008, e foi uma iniciativa brasileira no seio da Unasul (mas muitos defendem que foi um projeto de governo e não de Estado, podendo desaparecer com a alternância do poder). Vamos lá? 

 

A criação do CDS

 

O ano de 2018 foi crucial para deixar clara essa afirmativa. Metade dos membros da Unasul (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Paraguai) decidiram suspender sua participação no bloco por tempo indeterminado. A justificativa oficial estava relacionada com a paralisação da organização desde 2017, pelo impasse na escolha de um novo secretário-geral. Porém, a motivação política desses países parece estar mais relacionada com o declínio da “onda rosa” na América Latina. O CDS, como parte da estrutura da Unasul, foi criado por iniciativas de governos de centro-esquerda e enfraquece com a ascensão dos novos governos de centro-direita. 

 

Mudanças no funcionamento do Conselho

 

Além de sofrer com a imobilização da Unasul, o CDS também perde destaque na geopolítica regional após um de seus principais integrantes, a Colômbia, ter aderido à OTAN como sócio global, tornando-se o primeiro país latino-americano a fazer parte da organização. A decisão da Colômbia vai de encontro ao idealismo de cooperação exclusivamente intrarregional que motivou a criação do CDS em 2008. Sem falar no fantasma da ingerência das potências militares, que parece voltar a pairar na América Latina depois dessa adesão.

 

Por todos esses motivos apresentados, o CDS vem sofrendo uma perda de importância ou foco nas relações regionais desde de 2018. A agenda da cooperação em defesa já costuma ser uma das últimas a serem efetivadas no processo de integração regional, devido ao nível de confiança que exige e à própria complexidade do tema, agora os novos governos parecem não estar mais tão interessados em uma política de defesa comum. De forma geral, o “esfriamento” do CDS evidencia as tendências atuais da integração sul-americana: deixada em segundo plano após a renovação dos governos.  

 

 

 

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Até a próxima!

 

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