Economia
Dicionário de economia para o CACD: Modelo de Solow
Conteúdo postado em 01/10/2021
Olá, sapientes!
Os estudos de economia para o CACD podem ser desafiadores, né? Mas, como a gente está aqui para facilitar a vida dos ceacedistas, vamos explicar mais um termo dessa área: o modelo de Solow.
Modelo de Crescimento Neoclássico de Solow
O Modelo de Crescimento Neoclássico de Solow (1956) é uma das teorias mais relevantes que tentam explicar o crescimento dos Estados. O objetivo central do modelo de Solow é mostrar como os fatores estruturais da economia, tais como a taxa de poupança e investimento e a taxa de crescimento populacional, afetam a evolução da renda das famílias no longo prazo. Sendo assim, esse modelo descreve como evolui o capital físico, isto é, máquinas e equipamentos, resultante da acumulação de capital financeiro, e como a produção total e a renda evoluem como resultado do crescimento populacional. Vamos ver como esse raciocínio funciona?
Mas, antes de começar, é bom saber que, como todo bom e velho modelo neoclássico, Solow não diferencia aqueles que poupam e aqueles que investem, como fazem os keynesianos. Isso acontece porque a poupança da economia, para os neoclássicos, é toda convertida em investimento, não sendo, assim, necessário incluir no modelo uma função investimento separada da de poupança. Os Keynesianos, por outro lado, precisam diferenciar poupança e investimentos para explicar a demanda das famílias, foco central dessa outra teoria.
Como Solow explica o crescimento econômico
Agora que já sabemos que em Solow toda a taxa de poupança é convertida em investimento, ou seja, em estoque de capital, podemos entender como esse modelo explica o crescimento econômico. De forma geral, em Solow, o crescimento no longo prazo é determinado pela taxa de acumulação de fatores de produção, que são só o capital (máquinas e equipamentos) e o trabalho nesse modelo. Esses dois fatores são afetados pelo crescimento populacional e pelo aumento da produtividade do trabalho, ou seja, o progresso tecnológico. O crescimento populacional levado em conta no modelo é só o valor do crescimento de mão de obra disponível, enquanto o desenvolvimento técnico é considerado um dado exógeno, e é isso que vai levar a uma das críticas principais ao modelo neoclássico de Solow.
O fato é que o modelo é incapaz de explicar as razões da persistência das diferenças nas taxas de crescimento entre os países. Isso é explicado exatamente, como já dissemos, pelo modelo considerar o progresso técnico como sendo um fator exógeno. Isso é o mesmo que dizer que a tecnologia está sempre disponível para qualquer empresa e para qualquer país ou que, em algum momento, chegará para todos, o que nem sempre é verdade… O problema é que, ao definir a tecnologia como um “bem público”, o modelo de Solow deixa de levar em conta a fonte mais importante do crescimento dos países no longo prazo: o acesso à tecnologia de ponta.
De todo modo, apesar dessa lacuna, o modelo de Solow se tornou a base dos estudos de toda a macroeconomia moderna. E é por isso que não podemos deixar de estudar esse modelo na preparação para o CACD, ok?
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Bons estudos!