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Dicionário de economia para o CACD: Plano cruzado

Dicionário de economia para o CACD: Plano cruzado

Conteúdo postado em 18/10/2021

Olá, sapientes!

 

Revisar os tópicos de história da economia brasileira também é uma parte central da preparação para o CACD, não é mesmo? E como o estudo dos planos de combate ao descontrole inflacionário envolve diversos termos técnicos da economia, o Blog Sapi resolveu trazer uma explicação (um pouco mais volada para o Concurso da Diplomacia) sobre o que foi o Plano Cruzado. 

 

O Plano Cruzado, orquestrado durante o governo Sarney  (1985 - 1990), foi um projeto 100% heterodoxo, o que significa dizer que não foi uma medida recessiva, já que não usava a desaceleração do crescimento como ferramenta para o controle da inflação. Esperava-se que o choque heterodoxo provocado pelo congelamento de preços fosse uma solução rápida e sem efeitos sob o crescimento econômico do país, mas não foi bem isso que aconteceu...

 

Reforma monetária do Cruzeiro para Cruzado

 

Pois é, o Plano Cruzado foi basicamente a organização de um congelamento por tempo indeterminado de preços, salários e da taxa de câmbio (que estava em um patamar bom para o combate à alta inflação), mas também envolveu outras reformas. A mais evidente dentre elas foi a reforma monetária do Cruzeiro para Cruzado, com o corte de três zeros, na tentativa de apagar a memória inflacionária. Outra medida importante foi a proibição da indexação por 1 ano, já que os índices de indexação eram o principal elemento alimentador da inércia inflacionária.

 

Mas, como nem tudo são flores, os problemas do Plano Cruzado começaram a aparecer…

 

Consequências do congelamento de preços

 

O congelamento de preços provocou, primeiramente, o desabastecimento de produtos básicos, como carne e leite, que foram congelados a preços baixos, mas logo outros setores também começaram a dar sinais de serem capazes de abastecer o mercado. Três fatores estão relacionados a isso: 1) os baixos preços desincentivaram os produtores e alimentaram um mercado paralelo, com preços mais altos; 2) com a explosão na demanda causada pelos salários reajustados, o governo facilitou as importações, provocando maior competição e desincentivando investimentos. E para piorar a situação, ao mesmo tempo que isso aconteceu, as exportações desabaram, causando um grande déficit na balança comercial; 3) o terceiro fator é a política salarial em que os salários estariam congelados na média do poder de compra dos últimos seis meses, o que é o mesmo que dizer que foram congelados reajustados acima dos preços correntes, dando poder de compra para as famílias.

 

Somado a isso, os trabalhadores em geral receberam um abono de 8%, uma decisão de cunho político com a finalidade de redistribuir um pouco da renda nacional e facilitar a aceitação geral da “conversão pela média”, uma vez que os sindicatos demonstravam insatisfação com a situação salarial já há bastante tempo. As famílias de renda mais baixa foram ainda mais beneficiadas, com um abono de 16% no salário mínimo. Além de estarem programados reajustes anuais para todos os salários no valor de 60% da variação acumulada do custo de vida. 

 

A vulnerabilidade central do Plano Cruzado

 

É desse ponto da política salarial que identificamos a vulnerabilidade central do Plano Cruzado. O plano de Sarney previa que, caso a inflação acumulada atingisse 20%, os salários seriam automaticamente descongelados e reajustados. Esse é o famoso “gatilho salarial” que levou ao fim do plano. Em 1987, o governo não conseguiu mais controlar artificialmente a inflação e o gatilho foi disparado, descongelando a economia. Os comerciantes reajustaram os preços muito acima da inflação para se protegerem e pioraram a inflação para além do patamar anterior ao plano, com a população tendo que enfrentar, em um só dia, variações nos preços na média de: 60% no preço da gasolina; 120%, dos telefones e energia; 100%, das bebidas; 80%, dos automóveis; e de 45% a 100%, dos cigarros.

 

Nesse mesmo ano, a economia entrou em desequilíbrio e Sarney teve de declarar moratória da dívida externa. A partir de então, todos os planos seguintes de controle da inflação buscaram corrigir os erros dos planos anteriores, até que o plano real decidiu colocar uma postura ortodoxa de corte de gastos públicos e ajuste fiscal, solucionando o desequilíbrio inflacionário.

 

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Bons estudos!

 

 

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