Dicionário de Sociologia para o CACD
Dicionário de sociologia para o CACD: Neorrealismo e Neoliberalismo
Conteúdo postado em 30/07/2021
Olá, sapientes!
O primeiro debate dos estudos das relações internacionais foi entre realistas e liberais, com os primeiros saindo com destaque durante as duas guerras mundiais. Já o segundo debate é menos entre liberais e realistas e mais sobre estes e suas contrapartes “neo”, neorrealistas e neoliberais. O novo debate ocorreu entre o paradigma behaviorista ou positivista e o paradigma tradicionalista, sendo, então, meramente epistemológico, isto é, se fundamenta na adoção de um método científico para embasar tanto o neorrealismo quanto o neoliberalismo como ciências.
Mas você sabe o que é neoliberalismo e neorrealismo? A diferença central entre essas duas novas correntes está na interpretação do caráter anárquico do sistema internacional. Neorrealistas acreditam que os Estados buscam ganhos relativos, o que significa dizer que, em um meio anárquico desordenado, uma cooperação só é vantajosa se o Estado em questão ganhar mais que o outro, pois o excedente ganho pelo outro Estado pode representar, posteriormente, uma ameaça. Paralelamente, neoliberais defendem que os Estados buscam ganhos absolutos em vez de relativos e entendem que a anarquia é apenas uma condição que possibilita a cooperação. Vamos ver o que cada corrente representa.
Neoliberalismo
Com novos arcabouços teóricos, neoliberais focam mais em dados e em uma visão desagregada do Estado, ou seja, os atores internacionais são entendidos de forma multidimensional e analisados de forma mais individualizada.
A anarquia para os neoliberais é apenas o espaço onde os líderes globais constroem a ordem internacional. Nesse sentido, os neoliberais defendem que comércio, instituições e investimentos levam à interdependência e retiram os incentivos para a guerra, formando o que chamam de “interdependência complexa”. Sendo assim, os canais múltiplos de interação entre Estados (instituições, diversos atores, ONGs, etc) cumprem um papel fundamental na resolução de conflitos e na manutenção da paz.
Outro ponto importante dessa corrente é a ausência de hierarquização entre as agendas. Tanto temas de soft power quanto de hard power são considerados igualmente relevantes, e um só é mais importante que os outros dependendo das circunstâncias. Dessa forma, o poder não é considerado inerente a uma agenda, mas é entendido como construído em processos de negociação.
Neorrealismo
Também conhecido como realismo estrutural, o neorrealismo é dividido em duas correntes centrais: o neorrealismo defensivo, de Kenneth Waltz, e o neorrealismo ofensivo, de Mearsheimer. Enquanto Waltz defende que os Estados buscam poder só para garantir sua sobrevivência, Mearsheimer baseia-se na ideia de que não há como definir quanto de poder é necessário para o Estado se sentir seguro, consequentemente, os Estados buscaram todo o poder possível, sempre reforçando sua força, o que gera o tal dilema da segurança.
Essas duas correntes são neorrealistas porque consideram que só o nível sistêmico tem poder explicativo, e não natureza humana ou os aspectos e instituições internos, como defendidos pelas correntes realistas anteriores.
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