Fatos Históricos
José Bonifácio e sua importância na Independência do Brasil
Conteúdo postado em 28/09/2022
Olá, Sapientes!
Certamente, em seus estudos sobre o processo de independência do Brasil, o nome de José Bonifácio de Andrada e Silva – ou “só” José Bonifácio - apareceu. Considerado o “Patriarca da Independência”, foi o responsável por separar os assuntos da Guerra daqueles relativos aos Negócios Estrangeiros, de maneira a criar, portanto, a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros. Embora composta de apenas quatro oficiais e dois auxiliares de porteiro, a Secretaria pode ser considerada o embrião do futuro Ministério das Relações Exteriores.
Independência do Brasil em duas fases
A notoriedade de Bonifácio foi tamanha que estudiosos, como Rubens Ricupero, chegam a dividir o processo de reconhecimento da independência do Brasil em duas fases. A primeira delas seria justamente a que Andrada fora Ministro da Guerra e dos Estrangeiros. A outra é marcada, por outro lado, pela queda do Patriarca da Independência até a assinatura do tratado de reconhecimento com Portugal.
Fidelidade aos interesses do Estado
A postura de José Bonifácio, diante da diplomacia brasileira, foi marcada pela fidelidade aos interesses do Estado, ainda que em discordância com facções políticas. Para ele, a busca por reconhecimento não implicava, necessariamente, em concessões: o Brasil já não necessitava da proteção militar inglesa, assim como Portugal não era tido como ameaça em si. Nesse sentido, a posição brasileira deveria ser no sentido de agir com altivez e de barganhar seus interesses com as potências europeias.
Diante dessa busca por autonomia do país recém-independente, foram enviadas Missões a Buenos Aires, Washington, Londres e Paris. A Missão Corrêa da Câmara, por exemplo, teve como destino as Províncias do Rio da Prata, de maneira a incluir não somente Buenos Aires, mas Paraguai, Entre Ríos e Santa Fé, e Chile. O Encarregado de Negócios do Brasil em Londres, Caldeira Brant, buscou transmitir a mensagem de autonomia do Império Brasileiro, com a “intenção de explorar a concorrência comercial entre as potências em prol dos interesses brasileiros”, conforme aponta João Alfredo dos Anjos (2008, p. 18).
Para conhecer um pouco mais sobre essa emblemática figura da história da política externa do Brasil, João Alfredo dos Anjos escreveu a obra “José Bonifácio, primeiro Chanceler do Brasil”, pela Fundação Alexandre de Gusmão (FUNAG).
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