Quero ser Diplomata, e agora?
O Palácio Itamaraty: conheça mais sobre o prédio símbolo da diplomacia brasileira
Olá, sapientes!
Todos estudando a pleno vapor?
Hoje vamos falar sobre uma das maiores inspirações de todos os diplomatas: o Palácio Itamaraty.
O palácio é uma das construções que mais se destacam na arquitetura brasileira. O que não é fácil, ainda mais estando localizado em Brasília, cidade recheada de joias arquitetônicas.
Certamente não é difícil evocar na mente os arcos da fachada, o espelho d’água, a escultura do meteoro…
Vamos saber mais sobre o Itamaraty?
História
O palácio foi mais uma parceria bem-sucedida da projeção arquitetônica de Oscar Niemeyer com os cálculos estruturais de Joaquim Cardozo. Entretanto, diferentemente de outros prédios, a dupla contou com o apoio do embaixador Wladimir Murtinho. Seu papel seria o de transmitir as necessidades da simbologia diplomática, para que fossem representadas na arquitetura.
Apesar de Brasília ter sido inaugurada em 1960, levou algum tempo para que todo o aparato do governo federal fosse transferido do Rio de Janeiro para a nova capital. O Ministério das Relações Exteriores, por exemplo, foi o primeiro a mudar-se totalmente, e isso só ocorreu a partir de 1969. Em 20 de abril de 1970, o Palácio Itamaraty foi inaugurado oficialmente, nas plenas funções. Mesmo assim, o prédio já estava aberto para visitas desde 1967.
O edifício e suas funções
O intuito do Palácio Itamaraty é servir como recepção e cerimonial de autoridades oficiais estrangeiras. A rampa principal, por exemplo, só é aberto em caso de cerimônias oficiais, sendo a rampa lateral a entrada habitual, tanto para visitantes quanto para funcionários. Para os diplomatas recém-aprovados no concurso, é uma função recorrente participar dessas cerimônias assessorando as autoridades estrangeiras – é o chamado “diplomata de ligação”, ou, simplesmente, “diplig”.
O prédio conta apenas com dois escritórios oficiais em seu interior: o do ministro de Estado (ou chanceler) e o do secretário-geral. A maior parte da atividade do Ministério, portanto, se concentra no edifício por trás do palácio, o Anexo I.
Originalmente, o Itaramaty deveria seguir a mesma estrutura de “caixa de vidro”, aplicada aos palácios da Alvorada e do Planalto, a fim de conferir transparência ao interior do edifício. Essa estrutura ainda se mantém no centro, mas o Itamaraty se diferencia pelos seus arcos e pelo espelho d’água que circula todo o prédio. O jardim aquático, projetado por Roberto Burle Marx, também atende a uma necessidade funcional do prédio: a de conferir maior proteção às autoridades estrangeiras.
Mesmo com suas funções oficiais, o palácio é um verdadeiro museu, abrigando obras de diversos artistas brasileiros – natos ou naturalizados –, entre esculturas, quadros, mobiliário, tapeçarias… A escultura Meteoro, de Bruno Giorgi, por exemplo, é uma das mais simbólicas do acervo. Localizada no espelho d’água à frente do palácio, ela consiste em cinco peças de mármore, unidas em formato de esfera, a fim de simbolizar os laços entre os cinco continentes.
Sim, o Itamaraty está aberto a visitação! A visita é gratuita e vale muito a pena. A apreciação do edifício por si só já é motivo suficiente para visitá-lo, mas a chance de percorrer o Palácio é um incentivo especial na jornada rumo à carreira diplomática!
Você pode conferir mais informações sobre as visitações ao Itamaraty aqui.
E o Palácio Itamaraty original?
Inicialmente, a intenção era nomear o palácio em Brasília de Palácio dos Arcos; entretanto, pesou a tradição. Itamaraty é o nome do edifício que abrigou o Ministério das Relações Exteriores de 1898 até a transferência para Brasília em 1970. O nome vem de Francisco José da Rocha Leão, o conde de Itamaraty, quem ordenou a construção do edifício.
O Palácio do Itamaraty original existe ainda hoje, lá no Rio de Janeiro. Atualmente, o edifício abriga o escritório regional do MRE na cidade, bem como o Museu Histórico Diplomático.
Para saber mais informações sobre o Palácio Itamaraty no Rio, acesse aqui.
E aí, ansioso para trabalhar no Itamaraty?
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Até a próxima!