Quero ser Diplomata, e agora?
O tempo e o CACD: 5 perguntas que todo mundo faz
Olá, sapientes!
Como vão os estudos? Tá dando tempo de fazer tudo?
Pois é justamente sobre tempo que vamos falar aqui hoje.
Tempo de estudo, tempo pra passar, tempo de fazer a prova… tempo é uma das principais preocupações de todo aspirante à carreira diplomática.
Por isso, reunimos aqui cinco perguntas comuns que todo mundo faz sobre o tempo e o CACD. Vamos a elas?
1. Em quanto tempo os aprovados passaram?
Muita gente já entra no universo do CACD sabendo que é um concurso de médio a longo prazo. Mas que prazo é esse exatamente?
Aqui precisamos lembrar que não existe fórmula mágica para passar no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata. O percurso de cada candidato é único; o que os une é o destino final. Assim, existem candidatos que levam quatro, cinco ou mais anos para passar, enquanto que outros passam em dois, ou três.
O Guia do Texugo Melívoro, que reúne as repostas dos aprovados em 2016 (já leu sobre os guias de estudo? Temos uma coluna sobre o tema), conta que a média de estudo dos aprovados daquele ano foi de quatro anos e meio. Em 2015, foi de 3,4 anos. Ou seja: o tempo varia; o esforço, não!
É possível passar em um ano? Há casos: Thomaz Napoleão, por exemplo, passou em 2009 com oito meses de estudo. Mais recentemente, no certame de 2017, o candidato Matheus Hoscheidt foi aprovado com 9 meses de dedicação. Passar com pouco tempo de estudo não é impossível, mas é a exceção, não a regra!
Há muitas variáveis envolvidas na jornada rumo ao Itamaraty. É preciso sempre alinhar suas expectativas à realidade, para evitar frustrações maiores em sua preparação.
2. Estou muito velho(a)! Será que não passei do tempo de prestar o concurso?
Se você ler o edital de lançamento do CACD 2017, verá que não existe limite máximo de idade para prestar o concurso. Se você é brasileiro(a) nato(a), tem mais de 18 anos e diploma de nível superior, já está apto(a) para prestar a prova.
É verdade que, para a progressão na carreira, um dos requisitos é tempo de serviço prestado, o que pode ser afetado dependendo da idade em que se ingressa na diplomacia. Entretanto, a idade não interfere na entrada no Itamaraty, tampouco no desempenho das funções diplomáticas.
Em 2016, um dos aprovados tomou posse com 39 anos de idade. Em 2015, 3 dos aprovados tinham 35 anos ou mais. E se você é mais velho(a) que isso, qual o problema? Você pode ser o primeiro aprovado com 40, 50, 60 anos! Ainda de quebra vai inspirar um montão de gente.
3. Quanto tempo devo estudar diariamente?
Aqui, volta a valer o mantra de não existir fórmula mágica.
Sim, existem candidatos que relatam estudar ao menos 10 horas líquidas por dia (ou seja, horas puras de estudo, descontando os minutinhos para beber água, fazer xixi e olhar o whatsapp). Mas muitos são aprovados estudando menos tempo que isso. Para os estudos, vale mais qualidade do que quantidade.
É preciso conhecer a si mesmo e a sua produtividade para saber como planejar suas horas de estudo. Quantas horas você dorme? Você trabalha? Faz atividade física? Quer dedicar um tempo à família, aos amigos? Todos esses são fatores que afetam seu planejamento, mas que também são necessários para te manter produtivo no longo prazo.
Seja honesto com as horas que você dispõe, mas também coloque desafios (factíveis!) para estimular sua produtividade.
4. Dá tempo de fazer a prova toda?
Uma lida pelo edital e essa é uma das perguntas que mais aparecem na cabeça do candidato principiante.
- Na primeira fase, são 292 itens de Certo ou Errado, distribuídos em 73 questões, para serem resolvidos em 6 horas.
- Na segunda fase de português, são 5 horas para escrever uma redação e dois exercícios de interpretação.
- Na segunda fase de inglês, 5 horas para escrever uma redação, duas traduções e um resumo.
- Na terceira fase, 4 horas para responder 4 questões discursivas (em cada uma das seis matérias!).
Ufa!
Mas fique tranquilo(a): dá tempo (pouco, mas dá!)
A gente se acostuma com tudo, não é mesmo? É claro que, à primeira vista, parece ser impossível fazer tudo isso em tão pouco tempo. Mas isso é só nosso cérebro querendo nos manter na zona de conforto. É tão possível fazer a prova no tempo requisitado que todo ano temos aprovados, não é mesmo?
Pratique aos poucos. Escolha questões dos guias anteriores e resolva-as em casa. Simule as condições de prova.
Quando menos esperar, resolver questões do CACD terá se tornado um hábito para você!
5. Em quanto tempo eu vou estar apto a prestar a prova?
Deixa eu te contar um segredo: ninguém nunca se sente totalmente pronto para fazer a prova. E isso é bom!
Ano após ano, aprovados relatam que esperavam ter estudado melhor aquele tópico, ou que aquela matéria ainda era seu calcanhar de Aquiles… mesmo assim, eles passaram.
Não existe uma relação direta entre tempo de estudo e desempenho no concurso. Você pode já estar apto para prestar o CACD e se dar muito bem na primeira fase. Ou pode fazer a prova e descobrir que ainda precisa aprofundar os estudos. Você só vai saber se tentar!
Falando em tentar, o CACD 2018 já está em tempo de sair. Que tal usá-lo como experiência?
Fique ligado(a) aqui no blog Sapi para mais notícias sobre o Concurso para Diplomata!
Siga-nos também no Facebook e no Instagram.
Até a próxima!