Atualidades
Relações Brasil e África: Histórico e Atualidade
Conteúdo postado em 09/12/2020
Olá, sapientes!
As relações do Brasil com a África remetem à triste história da escravidão e do período colonial. Mas não é por aí que essa história acaba! Após a independência, esse relacionamento teve que passar por um longo processo de reaproximação até ser estabelecido na segunda metade do século XX.
Relações comerciais
Na década de 1960, apesar das críticas feitas ao Apartheid sul-africano nos foros internacionais, o Brasil não só mantinha relações comerciais normais com o regime segregacionista, como também chegou a estabelecer, durante muito tempo, a África do Sul como seu principal parceiro comercial na África. Essa relação com o regime sul-africano acabou se tornando um dos maiores entraves para as tentativas da “Política Externa Independente” brasileira de aproximação dos outros países africanos. Essa barreira só foi superada no final dos anos 1970. O Brasil já vinha condenando o Apartheid em âmbito multilateral, mas só no governo Geisel o Brail vai se afastar da Africa do Sul.
Nos anos seguintes, a política externa brasileira retoma a importância dada ao reforço do universalismo, e o estreitamento das relações com os países africanos começa a gerar frutos para as interações políticas e comerciais do Brasil. Nesse contexto, João Batista Figueiredo fez uma visita oficial ao continente africano, sendo o primeiro presidente brasileiro a visitar a África.
Novos investimentos
Mais recentemente, a relação do Brasil com a África tem sido marcada por investimentos em áreas como mineração, infraestrutura e exploração de petróleo. Um importante empreendimento brasileiro é o Corredor Logístico de Nacala, no Moçambique, com grande participação de fundos da Vale. A Odebrecht é outra companhia brasileira que está presente na África desde a década de 1980, assim como a Vale, a Marco Polo e a Petrobras.
Segurança
É importante lembrar que não só os temas de comércio e investimento são importantes para o Brasil nessa relação, mas também temas relativos à segurança fazem parte dos diálogos com os países africanos. A Nigéria, por exemplo, é o país com maior PIB do continente (ultrapassando o da África do Sul) e integra relevantes discussões sobre a defesa do Golfo de Guiné, região de escoamento de petróleo e minérios, mas que é bastante vulnerável à pirataria e até mesmo ao terrorismo.
O Chanceler Ernesto Araújo já visitou diversos países africanos em 2019, e, antes dele, as chancelarias de Aloysio Nunes e José Serra também haviam feito o mesmo. Nessas últimas visitas foram tratadas algumas agendas mais pragmáticas, relacionadas com investimento, comércio e segurança, e menos voltadas para a cooperação e solidariedade, como nos governos anteriores.
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Até a próxima!