Sabia que o Brasil está em processo de adesão à Aliança Solar Internacional (ISA)?

Olá, sapientes!

O governo brasileiro assinou o instrumento de consolidação da ISA ainda em Nova Delhi, em novembro de 2016, e agora está nas etapas finais do processo de adesão ao grupo. Por isso, é importante a gente conhecer um pouco mais sobre essa iniciativa que faz parte das ações da Agenda 2030. 

A Aliança Solar Internacional

A Aliança Solar Internacional (ISA) é uma coalizão intergovernamental formada por 122 nações localizadas entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio para o desenvolvimento e cooperação em matéria de energia solar. A iniciativa foi lançada pelo presidente francês Emmanuel Macron na Conferência do Clima em Paris (COP 21), em 2015, e posteriormente formalizada em Nova Delhi, Índia, no ano seguinte. 

O objetivo central da ISA é formar uma estrutura de cooperação entre organizações internacionais, entidades públicas e privadas, e até mesmo países não membros da ISA, para incentivar o debate internacional sobre necessidades, objetivos, medidas e inovações relacionadas com a energia solar. A instituição também tem a meta audaciosa de mobilizar mais de 1 trilhão de dólares em investimentos em energia solar até 2030.

Mas por que o Brasil deveria fazer parte da ISA?

O grande potencial brasileiro para a produção de energia solar não é segredo para ninguém, né? E, para ratificar a importância do mercado brasileiro de energia renovável, a Aliança Solar Internacional (ISA) classificou o Brasil no relatório Ease of Doing Solar (EoDS) como um dos quatro destaques do mercado de energia solar entre seus 80 países-membros que não fazem parte da OCDE, ao lado de Índia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. 

Esse relatório revela para as instituições financeiras internacionais os países mais promissores para os interessados em investir em energia solar, além de orientar os governos na identificação das principais iniciativas políticas que incentivam e facilitam a energia solar. Sendo assim, é natural que o Brasil busque aderir a uma coalizão como a ISA, que incluirá o país em programas e ações multilaterais nas áreas de financiamento, regulação, pesquisa e desenvolvimento, entre outras iniciativas.

Sem falar que os investimentos em energia solar podem ser uma solução para o Brasil sair da crise. A expectativa dos economistas é que a atividade econômica mundial seja reaquecida nos próximos anos com investimentos em energia renovável e na conversão para produções mais limpas. Além disso, espera-se que a economia na conta de luz dos consumidores nacionais que investirem em energia solar possa ajudar a movimentar os setores de comércio e serviços, em baixa desde antes da crise do coronavírus, já que os consumidores estão sendo atualmente impactados com a bandeira vermelha na conta de luz, uma medida tomada pelo governo por causa da seca na região sul e sudeste.

O pedido brasileiro de entrada na ISA foi aprovado pela presidência da República em 2018 e, recentemente, o texto foi aprovado também pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Logo o texto seguirá para discussão e votação no Plenário para, finalmente, ser ratificado e internalizado ao ordenamento brasileiro.

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Até a próxima!