Atualidades
Situação crítica na Venezuela é evidenciada no relatório Global Trends
Conteúdo postado em 09/06/2021
Olá, sapientes!
A situação dos venezuelanos é um daqueles temas que os professores apostam que deve aparecer na primeira ou segunda fase do CACD. Se entender o que se passa nesse país já era importante há alguns anos, agora, depois da publicação do último relatório do ACNUR, “Global Trends: Forced Displacement in 2019”, o estudo da situação e da migração dos venezuelanos não pode mais ser deixado de lado.
A gravidade da situação
Você deve estar se perguntando o que o Global Trends tem a ver com isso tudo, né? O fato é que, rompendo com as práticas usuais do ACNUR, esse relatório incluiu os dados relativos à migração dos venezuelanos na comparação entre os números dos grupos de migrantes forçados de maior destaque, mesmo a organização ainda não considerando os venezuelanos como refugiados. E isso foi uma sinalização da gravidade da questão e da relevância do tema.
Estamos na véspera da publicação do Global Trends 2021, que analisará os dados relativos ao ano de 2020 e os impactos da pandemia no mundo e nas migrações. Tudo aponta que os novos dados devem confirmar os padrões do relatório do ano passado.
Os pontos mais relevantes do último relatório do ACNUR
O que mais chocou nos dados recolhidos pelo ACNUR foram as evidências de que a questão dos venezuelanos não poderia mais ser mantida em separado da contabilização das migrações de refugiados no mundo. A Venezuela passou a ser o segundo país que mais emite população, só perdendo para a Síria em número de cidadãos deslocados e espalhados pelo mundo. Enquanto há cerca de 6,6 milhões de sírios que abandonaram seu país por causa do conflito interno, há 3,7 milhões de venezuelanos que migraram por causa das instabilidades políticas e econômicas do país. O terceiro país com maior número de emigrantes é o Afeganistão, com 2,7 milhões de cidadãos que já deixaram o país. Além disso, o relatório mostra também que o Estado que mais acolheu venezuelanos foi a Colômbia, recebendo cerca de 1,8 milhões de venezuelanos. Depois da Turquia, a Colômbia foi classificada como um dos países com maior número de refugiados no mundo.
O Brasil reconheceu mais de 20 mil refugiados em 2019
Ficou evidente também que o Brasil foi um dos países que mais concedeu refúgio. Isso pode ser explicado pela decisão política do governo Bolsonaro de reconhecer ao governo de Juan Guaidó, que incluiu o acolhimento dos venezuelanos e uma operação do exército para tentar distribuir melhor os venezuelanos no território. Os dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) mostram que o Brasil reconheceu, só em 2019, mais de 20 mil refugiados de diversas nacionalidades, do qual grande número foi de venezuelanos. Além de que, entre 2011 e 2019, a nacionalidade com maior número de pessoas refugiadas reconhecidas no Brasil é a venezuelana, seguida dos sírios e congoleses.
Isso tudo sem falar que, em 2019, o Brasil recebeu 82.520 solicitações de refúgio, das quais 65,1% foram de venezuelanos, sendo seguidos pelos haitianos, que compuseram 20,1% das solicitações. E ainda assim, o Brasil tem apenas 10% do volume de refugiados venezuelanos que a Colômbia acolheu.
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Até a próxima!