Sugestão de leitura para o CACD: Relatório do IPCC

Olá, sapientes!

Ler os clássicos da literatura e a bibliografia indicada pelos professores é essencial para a preparação para o CACD. Disso todo mundo já sabe, né? Mas será que todo mundo está sabendo que a leitura de alguns relatórios, além daqueles do IBGE, também pode ser bastante útil na trajetória dos ceacedistas?

É por isso que a nossa dica de leitura de hoje vai ser o relatório recentemente publicado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Algumas conclusões desse relatório podem ser essenciais para influenciar uma guinada no planejamento público de diversos países para os próximos anos. Vamos entender melhor que conclusões são essas! 

Mudanças climáticas

A mais grave das afirmações do IPCC é que pode não ser possível evitar um aumento de 1,5 ºC da temperatura média global, limite definido no Acordo de Paris de 2015. O relatório mostra que a temperatura média do planeta já aumentou  1,09ºC em relação àquela observada no período de 1850 a 1900. 

Além disso, ficou evidente que a temperatura em algumas zonas urbanas já ultrapassou os 1,5ºC e já chegou a 1,6°C a mais que no período pré-industrial. Sendo assim, não há mais dúvidas quanto à relação entre as emissões de gás carbônico com o efeito estufa, como era questionável há alguns anos. 

Segundo o IPCC, o aumento da temperatura que tem ocorrido desde a década de 1970 é mais dramático do que ocorreu em qualquer outro intervalo de 50 anos em pelo menos 2 mil anos. Isso tem causado fenômenos climáticos extremos, muitos sem precedentes, que têm ocorrido com maior frequência nos últimos anos. 

A influência da ação humana

O relatório mostra que, sem ação humana, a chance desses eventos extremos ocorrerem seria apenas de 0 a 5%, além de que estima-se que a ação humana é responsável por um aumento de 1,07°C, enquanto o aumento relacionado com causas naturais seria de apenas 0,43°C na temperatura média global.

Consequências climáticas para o Brasil

As projeções do IPCC mostram que o Brasil deve sofrer com precipitações e geadas mais intensas  no Sul e Sudeste, além de secas mais prolongadas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que gerará graves consequências para o equilíbrio dos ecossistemas, para o bem-estar da população e também para a economia do país. A distribuição de energia elétrica, por exemplo, é baseada principalmente em hidrelétricas, e a produção agropecuária brasileira é altamente dependente de condições climáticas ideais. 

Consequentemente, o desequilíbrio no sistema hídrico pode afetar, direta ou indiretamente, todos os setores da produção do país. Para o IPCC, a única solução para, ao menos, frear o aumento da temperatura global, é zerar a emissão de carbono até 2030.

Para ter acesso ao relatório, basta clicar aqui. Vale lembrar que, por ele ser recente, só está disponível na versão em inglês, por enquanto. No entanto, isso não é um empecilho para nossos ceacedistas, certo? Veja isso como uma forma de treinar a língua inglesa enquanto se informa sobre um assunto extremamente relevante para o CACD!

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Até a próxima!