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Você sabia que o 5G já pode chegar ao Brasil em 2022?
Conteúdo postado em 10/11/2021
Olá, sapientes!
A tecnologia do 5G envolve muita expectativa, não é mesmo? E o que será que podemos esperar dessa nova geração da internet? Com certeza, muitas vantagens, como uma economia de até 90% no consumo de energia dos aparelhos e uma velocidade que permitirá o desenvolvimento da chamada Internet das Coisas (IoT). Por outro lado, há também grande preocupação com os custos da adaptação dos equipamentos e celulares para as famílias, além da incerteza sobre o futuro do mercado de trabalho, já que muitos postos de trabalho poderão ser ainda mais substituídos por máquinas autônomas.
Leilão para a exploração e oferta do 5G no Brasil
Tudo isso parece sinopse de ficção científica, mas está mais perto de acontecer do que a gente imagina. Na quinta e sexta-feira passada, 4 e 5 de novembro, ocorreu o leilão para a exploração e oferta do 5G no Brasil, que já vai poder ser comercializado para os consumidores no próximo ano. O evento determinou quais empresas terão as concessões para uso das faixas de radiofrequência, rendendo para o governo um total de R$46,790 bilhões no que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) considerou ter sido o maior leilão de 5G do mundo.
A tecnologia 5G já está sendo utilizada em pelo menos 34 países, dentre estes, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Suécia, Suíça, Finlândia, Japão, China, Taiwan, Arábia Saudita, Coreia do Sul, Kwait, Austrália, Noruega e Alemanha. Desses países, o primeiro país a lançar o 5G comercialmente foi a Coreia do Sul, em abril de 2019.
E o que a Huawei tem a ver com essa história?
Poucos meses atrás, a China defendeu em um informe oficial a participação da Huawei na infraestrutura 5G do Brasil. E como a gigante chinesa não participou do leilão da semana passada, muitos pensaram que existiam restrições para a presença da empresa no país. No entanto, a não participação teve um motivo simples: o leilão foi direcionado apenas para as operadoras de telefonia que desejassem fornecer o 5G para o consumidor final, enquanto a Huawei decidiu focar suas atividades no mercado de equipamentos de infraestrutura para essas outras empresas.
Mas isso não é uma surpresa para ninguém. A Huawei está no Brasil desde 1998 e forneceu equipamentos para o fornecimento das tecnologias 2G, ainda em 1998; 3G, em 2007; e 4G, em 2014. Sendo assim, a gigante chinesa só poderia participar se mudasse sua área de atuação no mercado, como algumas concorrentes regionais fizeram.
A confusão ocorreu também por conta do apoio demonstrado pelo presidente Jair Bolsonaro às pressões da diplomacia dos Estados Unidos para boicotar a tecnologia 5G da Huawei. O fato é que, após acusações de que a tecnologia poderia servir para facilitar a espionagem chinesa, Washington levou alguns de seus aliados, como o Reino Unido e a Austrália, a proibirem a empresa chinesa de seu mercado de rede 5G. De todo modo, essas pressões não deram resultado no Brasil, uma vez que o lobbying das empresas de telecomunicações brasileiras defendeu o livre mercado. Os acionistas brasileiros afirmam que a substituição dos equipamentos da empresa chinesa, que atualmente concentram 50% das redes de 3G e 4G, custaria bilhões de dólares para a economia de suas empresas.
Isso é apenas uma resposta ao que vimos desde 2019, quando os Estados Unidos começaram a impor restrições ao comércio de empresas norte-americanas com a Huawei. Sem esquecer que, como resultado, a empresa chinesa teve de enfrentar contrações por doze meses seguidos.
Para contornar essas restrições, a empresa tem focado em setores menos dependentes do comércio de semicondutores, dominado pelos estadunidenses, como equipamentos para rede de telefonia e serviços para a digitalização da burocracia governamental. Fora isso, mesmo com as restrições nos mercados dos países desenvolvidos, a Huawei tem sido largamente bem-recebida nas economias em desenvolvimento.
Para resumir, a gigante chinesa tem um largo histórico de presença nos mercados menos desenvolvidos, com o fornecimento de equipamentos a preços menores (algo que só foi possível pelos subsídios oferecidos pelo governo chinês) dentre outras vantagens. E para superar a presença da tecnologia chinesa nos países em desenvolvimento, os Estados Unidos terão que enfrentar um longo caminho para desenvolver uma tecnologia 5G que seja tão ou mais competitiva que a da Huawei. Ainda assim, alguns analistas defendem que a Huawei apresenta o risco de sofrer com o pouco acesso a chips, sendo algo que os governos devem levar em conta ao permitirem os serviços da empresa.
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